terça-feira, 15 de março de 2011

PRIMEIRO EMPREGO

Como conseguir um primeiro emprego, quando, naturalmente, não se tem experiência?

Renato Pompeu

Segundo as estatísticas governamentais, os jovens que nunca tiveram um emprego, mas que estão à procura de um lugar no mercado de trabalho, constituem hoje em dia no Brasil a faixa da população em que há maior proporção de desempregados. Pois, para ser considerado desempregado, não basta não ter emprego: é preciso também estar procurando um. E nas grandes cidades se contam às centenas de milhares, senão aos milhões, os jovens que estão procurando seu primeiro emprego.

A primeira dificuldade que esses jovens encontram é que, por definição, não têm nenhuma experiência de trabalho. E, na fila dos desempregados candidatos a cada emprego, sempre haverá, na atual situação do País, uma ou mais pessoas que tenham experiência em atuar no serviço para o qual há vagas. Ao contrário do que poderia parecer à primeira vista, fica mais fácil uma pessoa mais velha conseguir um emprego depois de ter perdido outro, do que uma pessoa mais nova conseguir um emprego pela primeira vez.

Um dos conselhos que são dados aos candidatos ao primeiro emprego é que procurem aperfeiçoar ao máximo a sua formação. Se estão no curso secundário, devem procurar formar-se num dos numerosos cursos profissionalizantes oferecidos por entidades do comércio e indústria e por ramos específicos, como a hotelaria e o design. A formação profissional especializada pode suprir a falta de experiência de trabalho, reforçando a situação do candidato no caso de ele procurar emprego numa área para a qual está especificamente qualificado.

Se, porém, os candidatos ao primeiro emprego estão fazendo curso superior, o ideal é que busquem formar-se como mestres e como doutores e que aperfeiçoem osseus conhecimentos de línguas estrangeiras – quanto mais títulos a pessoa acumular, maiores serão suas chances, principalmente nas maiores e melhores empresas, mais exigentes em matéria de qualificação.

Deve-se estar atento para os empregos oferecidos em anúncios de jornais, inclusive os jornais de menor expressão, como os jornais de bairro. Deve-se enviar currículos bem-feitos e atraentes para todos os canais possíveis e imagináveis,inclusive pela Internet. Mas aqui é preciso tomar cuidado. Existem empresas que cobram para armazenar currículos, alegando que os divulgam junto aos departamentos respectivos das firmas empregadoras, numa verdadeira “bolsa de empregos”. Nem todas essas empresas, entretanto, cumprem o que prometem. É mais sensato dirigir-se às próprias firmas empregadoras, ou aos serviços governamentais e sindicais de colocação. Acima de tudo, jamais desistir: insistir sempre em procurar o primeiro emprego, até alcançá-lo.

Renato Pompeu é escritor e jornalista

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